Para quê Inclusão Digital?

Inclusão Digital finalmente virou moda, é algo que acontece com grande freqüência, principalmente aqui no Sudeste, onde os órgãos públicos já conseguem ver isso como direito do cidadão, é comum pontos de Inclusão Digital.

Mas uma coisa que eu me preocupo é com a qualidade desses pontos, não que o acesso livre ou as oficinas não sejam importantes, mas qual o reflexo social que isso tem na vida do usuário?

Atuo a sete anos em um projeto aqui em Santo André, realizado pela Prefeitura , começamos quando existia a discussão, mas nada formalizado, tudo era muito novo, e posso dizer que continua. Os processos educacionais que devem existir dentro de qualquer projeto de Inclusão Digital são de difícil efetivação. Fácil é colocar um monitor com computadores conectados a Internet e oferecer meia hora, ou uma hora de utilização todos os dias aos usuários (sim, só informática e traficante têm usuários).

Difícil em um projeto sério de Inclusão Digital é promover a Inclusão Social, e muito está errado quem acha que essa exclusão é só para pobres coitados de comunidades carentes, o que mais tem são pessoas com acesso em casa e que estão mais excluídos do mundo digital que muito “pobrinho de comunidade carente”, não sabem absolutamente nada das possibilidades sociais da Internet e nem atuam como cidadãos ou produtores e consumidores conscientes de informação.

Ser Incluído Digitalmente passa longe de saber como digitar no Word, isso, na verdade é apenas o primeiro passo e não o objetivo final. O que importa aqui é o que ele digitará, qual será sua responsabilidade frente o mundo depois de deter esse tipo de conhecimento. E digo que aí mora o passo mais difícil da Inclusão Digital, entender que a tecnologia é uma ferramenta, e não o objetivo.

Não vou negar que aqui estamos percorrendo caminhos que tentem chegar a essa utilização mais qualificada, que provoque no usuário a vontade de aprender, mesclar com seu conhecimento de vida e contribuir de alguma forma na construção e na troca de conhecimento de outras pessoas. Criar essa grande rede de conhecimento talvez seja o sonho dourado da Inclusão Digital, favorecer o desenvolvimento social não em uma oficina de Excel, mas sim na discussão sobre a realidade e quão importante é o papel do individuo no coletivo e que esse papel pode e deve ser potencializado através da tecnologia, nasceria ai, a Sociedade do Conhecimento.

Ansiedade

O caminho das pedras agora entrou na fase de “CARAMBA! NÂO VEJO A HORA DE ZARPAR!” Mas ainda tem muita coisa a ser resolvida, uma delas é GRANA!
Mas estava pensando sobre o que observar nos projetos e como observar e decidi que de critica o mundo ta cheio, quero “raptar” o que de melhor as iniciativas tiverem, claro que sei que vou observar pontos que não condizem com a minha forma de pensar, mas que pode ser que no contexto e dentro daquela comunidade tenha tudo a ver. Não vou ser eu a julgar isso, nem me sinto com capacidade técnica para tanto.
Agora estou danada da vida com uma ansiedade elevada a mil, e meio perdida na construção do roteiro, mas ando pesquisando muita coisa na Internet, Blogs de mochileiros, sites de albergues e o bom e velho Google.
Sinto que será uma experiência rica, não só profissionalmente, mas meu nível de auto-conhecimento crescerá consideravelmente e alguma coisa aqui dentro será diferente na minha volta, posso dizer que hoje em dia isso me instiga mais do que qualquer coisa no mundo.
E vamos lá...Preparando a cabeça, o corpo e o espírito...

Contatos pra que te quero!

Hoje conversei com meu amigo Jeferson de Piquete, ele atua em um projeto de inclusão Digital por lá e me prometeu alguns contatos na região! Fiquei feliz, mato dois coelhos, conheço algumas iniciativas e conheço meu amigão, que por enquanto é virtual.
Estou empolgada, em breve estarei colocando o pé na estrada. Coloquei umas coisinhas novas aqui no blog. Uma delas foi estatísta, é importante eu saber quantas pessoas me vêem... E quantas escrevem comentários, esquisito, parece que o povo tem medo de comentar. Credo!
Vi preço de mochila, no Mercado Livre cheguei a ver por R$ 69,00 uma de 90L, com suporte de barraca e tudo, mas não sei o material, acho que pra comprar a mochila ao vivo mesmo, vou visitar o bom e velho centro de São Paulo. Vou levar, a titulo de segurança, barraca e um saco de dormir, vai saber se encontro um camping bacana por ai???
Outro amigo (o mesmo fofo que fez o meu logo) sugeriu eu buscar patrocínio, pode ser uma boa, mas nem sei como fazer isso, vou começar fazendo um banner que vou tentar colocar hj a noite que agora tenho que ir trabalhar.
Atrasadissimaaa... fuiiiiii

E tudo começa de Algo em Algum lugar...

Bom aqui em Santo André estou de aviso prévio, coisa de prefeitura, mudou a administração, eu trabalho para uma ONG conveniada, já viu né? Minha cabeça rolou, fiquei com vontade de aproveitar o tempo e a graninha da rescisão e fazer uma mochila, coisa que quero fazer a anos!
Em um primeiro momento era puramente por lazer, sem objetivo definido, a única coisa que era definida era chegar a Buenos Aires, o tempo passou (tempão, cerca de uns 15 dias.. heheheh) e fui ao Campus Party, lá naquela coisa de uma semana imersa em tecnologia e discussões pertinentes sobre o assunto, percebi que minha viagem poderia ter mais rumos do que Buenos Aires poderia, inclusive, ter um rumo que me levasse a crescer de alguma forma que não fosse para os lados.
Decidi então montar esse projeto, “Mochileira WiFi”, que nada mais é do que conhecer formas bacanas de Inclusão Digital e Educação utilizando tecnologia pelo Sudeste e Sul do Brasil. Claro que a escolha dessas regiões não foram por acaso, elas se basearam no tanto de grana que eu tenho, que nem sei se dá pra cobrir essa área, mas tentarei com afinco!
Com o passar dos dias vou relatando essa prévia, como está sendo a preparação pra aventura, os contatos, lugares que passarei e experiências ricas que pretendo ter. Assim que eu colocar a mochila nas costas, ai o bicho pega (heheheh) vou relatar aprendizagens bacanas e foras de mochileira de primeira viagem!
Por enquanto é isso! Até o próximo registro de bordo.